segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Salão de pais de Jean Paulo, o Cirilo de Carrossel, ganha romaria de gente para ver menino


O fenômeno Carrossel, adaptação brasileira da trama mexicana, sucesso nos anos 90, tem transformado a vida do jovem elenco da novela e deve gerar cerca de R$ 100 milhões em faturamento com anúncios, venda de CDs e licenciamento de produtos para o SBT, conforme a reportagem de capa da revista VEJA São Paulo. Entre as crianças que trabalham na produção assinada pela mulher de Silvio Santos, Íris Abravanel, umas das inegáveis sensações é o personagem Cirilo, pobre e negro e principal vítima do preconceito da colega rica Maria Joaquina, por quem é apaixonado.
Jean Paulo Campos, garoto que interpreta o menino injustiçado da novela, tem muito em comum com seu personagem. Aos 9 anos, segundo a matéria, o menino de origem modesta, filho único, vive com os pais, o cabeleireiro Cláudio de Campos e a manicure Nilza de Fátima, no bairro da Ponte Rasa, na zona leste de São Paulo, onde a família tem um pequeno salão, com uma renda mensal de R$ 3 mil. Segundo o pai de Jean Paulo, muita gente de longe, de cidades do interior, visita o local só para conhecer o menino. “Acabam ficando decepcionados, porque ele não vai muito até lá”, completa. “Mas ninguém corta muito o cabelo, o faturamento continua o mesmo”, lamenta a mãe.
Jean tem uma rotina atribulada. Além de frequentar religiosamente a escola pela manhã, ao meio-dia deixa o colégio direto para a sede do SBT, no Complexo Anhanguera, onde recebe o texto que terá que gravar à tarde, almoça e vai para o camarim, onde troca de roupa e se prepara para interpretar o Cirilo. Ele só deixa o estúdio, por volta das 20h, quando segue para casa, faz as tarefas escolares e pode brincar um pouco. Recentemente, por sua participação no Domingo Legal, ganhou do apresentador Celso Portiolli uma TV de plasma, um videogame Xbox e bonecos de super-heróis. Perguntado sobre o que mudou na sua vida com o sucesso de carrossel, o garoto pensa e resume com um sorriso: “O que mudou na minha vida? O meu quarto!”.

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